Estávamos próximos do Natal, e
que boa altura para ter um festival de videojogos, que alimenta se o bichinho
das compras.
Foi a primeira vez que tive a
oportunidade de ir à XL Party, e posso afirmar que foi uma boa experiência. Havia
pessoas de todas as idades, uns à procura dos jogos antigos que lhe traziam
boas memórias, outros ansiosos para disputar um bom jogo de Fifa 2014 com os
amigos.
Experimentar máquinas de pinball
com clássicos como Exterminador 2, máquinas arcade, consolas mais antigas como
SNES, Dreamcast, PS2 e jogos como o Pong, enquanto que, como consolas mais
recentes, contámos com a presença maravilhas como a PS3, Xbox 360 e PSP Vita, bem
como a consola do momento, PS4.
Nos jogos e torneios, eram os
rapazes os que apareciam em maior número, onde metade do pavilhão da FIL estava
destinada ao jogador mais hardcore, que disputavam no local os intensos
torneios de Counter-Strike, League of Legend, Battlefield, Fifa, Dota 2, Street
Fighter 2, entre outros.
Já no cosplay as raparigas
mostravam a sua presença. Pude presenciar alguns cosplay, uns mais elaborado
que outros, e é óptimo ver que já existe uma legião de fãs deste costume,
apesar de estar apenas uma pequena fracção dos aficionados portugueses.
A particularidade mais
interessante do festival foram os Oculus Rifts, que apesar de não ter
experimentado, a reação das pessoas era de agrado com o produto futurista, o
que tornou bastante engraçado ver as pessoas a usufruir de uma nova abordagem
aos jogos.
Havia uma secção de anime onde
era possível ver os artistas do estilo Manga a mostrarem um pouco da sua arte,
onde era possível também comprar banda desenhada portuguesa, com bastante
qualidade.
A Playstation estava em força no
evento, onde foram encontradas algumas limitações nas suas consolas, como
problemas técnicos na falta da versão 1.01 da PS4 que tornava impossível experimentar
os jogos, consolas desligadas, sem comandos, ou simplesmente com a imagem congelada
do jogo, mas, apesar disso, ainda deu para ter um cheirinho do que podemos
esperar no futuro com a nova geração de consolas.
As limitações normais que
presenciei não foram o maior problema, mas sim a falta da Nintendo 3DS, da Wii
U e da Xbox One. Não é normal ser o maior festival de videojogos e não serem
capazes de garantir a presença de um terço do mundo dos videojogos, neste caso
a Nintendo, bem como terem conseguido a PS4 e não conseguirem a rival Xbox One.
Apesar de ainda não ter sido lançada a Xbox One em Portugal, a Microsoft
Portugal poderia e deveria ter disponibilizado algumas consolas.
A falta das consolas com os
melhores line-ups do momento, como a Wii U com o remake do The Legend of Zelda:
Wind Waker HD e o Super Mario 3D World, e a Nintendo 3DS com o fantástico The
Legend of Zelda: A Link Between Worlds e o Pokemon X e Y, não estarem presentes
deixou um sabor amargo no evento.
Claro que havia grandes títulos
para experimentar, como alguns dos jogos do ano 2013, o The Last of Us, o
Beyond Two Souls ou o "fresquinho" Grand Turismo 6, mas não deixam de
ser apenas jogos da PS3.
O espaço da FIL é enorme e tem
potencial para albergar um evento bem mais interessante e com muito mais
conteúdo.
Compreendo que os patrocinadores tenham
direito ao seu espaço, mas terem um espaço enorme como o caso dos CTT e ter
apenas uma consola com o Sing Star, não faz muito sentido. Creio que mais valia
ter uma tela enorme com publicidade. Talvez se a organização envolver a
comunicação social dos videojogos, chamarem os criadores de jogos portugueses
para eles terem um espaço para divulgar os seus projectos, talvez poderia
trazer mais valor e cultura ao evento.
Se a XL Party quer ser, ou manter
o título, de maior festival de videojogos do país, tem de começar a pensar que
é a cara do país para o estrangeiro, e como tal, tem de estar à altura de ter
algo mais composto do que apenas torneios de jogos.
Segundo a organização do festival,
conseguiram atrair 32 mil pessoas, o que bateu todos os recordes do festival e
que mostra que os adeptos dos videojogos são cada vez mais.
Creio que no próximo ano a
organização do evento poderia pedir alguns inputs da parte da comunidade de
videojogos para tornar o festival ainda melhor e com tudo o que os
"gamers" querem. Lançar um survey e local de dicas e sugestões seria
uma fonte de informação muito boa.
Segundo Pedro Silveira,
organizador do evento, em entrevista ao Multimédia Com Todos
(http://youtu.be/PJWwnKV665M), o próximo ano prometo um "upgrade" que
vai trazer muitas novidades. Pelas palavras do Pedro dá para perceber que o Xl
Party tem tudo para ser ainda maior e ainda melhor, e não podia estar mais de
acordo.
Esperamos no próximo ano estar
novamente a falar da nossa experiencia no festival… siga aqui no NGO todas a
novidades em relação ao futuro do festival XL Party.
Crónica por:
Rui Pinheiro
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